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Um Corvo Livre

  • Katia Krtistina
  • 23 de mar. de 2020
  • 14 min de leitura

Gabriel contou a Kathrina tudo que havia descoberto sobre Alicia e onde ela estaria a essa noite! Kathrina ia levantar-se para ir, mas ele pediu que esperasse, porque já havia estado nessa mansão e seria mais fácil entrar a dois, pediu licença saiu por uns minutos e quando voltou vestia um, sobretudo negro com capuz e uma espada na cintura. Trouxe para Kathrina um macacão curto de couro macio com mangas e ombreiras de penas, era uma espécie de armadura que protegia a região do abdômen, com uma cinta larga, luvas, botas e um lenço para em qualquer eventualidade cobrir a cabeça. Como Kathrina já o conhece bem não retrucou sobre a vestimenta. Vestiu-se e saíram novamente de automóvel até uma a tal mansão, foram até um certo ponto depois terminaram o percurso caminhando o mais discreto possível. “Como se fosse discreto um homem vestido daquela maneira e carregando uma espada na cintura com uma parceira não menos exótica ao seu lado” Claro que disparavam olhares desconfiados por onde passavam.

Caminharam até próximo ao muro da tal mansão, Parou na sombra de uma grande árvore, olhou para os lados e viu que pessoas se aproximavam. Kathrina levitou ficando longe do alcance do olhar dos transeuntes.

Gabriel deu um salto com os pés unidos esticou os braços e segurou num galho acima de sua cabeça, com mais um impulso se balançou no galho com destreza e saltou em direção ao muro pousando com agilidade sobre o telhado da mansão que tinha uma grande protuberância de pedra e ficou lá empoleirado feito uma ave noturna esperando por Kathrina que chegou logo após vindo de cima.

Kathrina forçou o olhar na escuridão e pode ver duas silhuetas entre as arvores do jardim, farejou o ar e pode afirmar que eram humanos, com certeza! Gabriel afirmou que haveriam outros humanos dentro da mansão. Alicia não iria querer outros vampiros envolvidos nessa trama. Era fácil usar humanos! Existem muitos deles sem escrúpulos, que fazem qualquer serviço, até mesmo trabalho sujo por algum dinheiro. E quando ela não precisasse mais deles era só descarta-los.

Um dos guardas se encaminhou para fazer a ronda do lado que estavam, Gabriel saltou sobre a grama sem peso nenhum usou sua grande velocidade correndo para trás de uma árvore. Desembainhou lentamente a espada e esperou que o guarda chegasse. O homem revistou o local com o olhar e parou fixando os olhos no pinheiro a sua frente, pareceu ter visto lgo reluzir.

Mas não deu muita importância, aquela escuridão o estava deixando de miolo mole, mas era muito mais vantajoso que ser segurança de traficantes. Virou as costas para o pinheiro na intenção de voltar a mansão. Gabriel correu em direção dele bem rápido e o golpeou na nuca com o cabo da espada. Depois olhou na direção que deixou Kathrina e disse

- Vamos logo!

Movendo os lábios em silêncio, sabia que sua companheira iria ver e entender. Ela entendeu, mas estava com a atenção presa no aparelho do guarda desmaiado que transmitia com voz metálica:

*- Cirilo responda, Câmbio! – Cirilo porque não retorna?? Câmbio... “estática” Cirilo estou mandando os rapazes aí.

Kathrina procurou com os olhos por Gabriel. Ele estava entrando na mansão esgueirando-se junto a porta de vidro. Ela precisava avisá-lo que mais guardas estavam vindo. Fez menção de chamar pelo Arcanjo, mas não precisou Gabriel se virou e deu de cara com um guarda que caiu em seus braços com um cheiro forte de sangue que escorria pelos lábios do homem e manchou seu, sobretudo.

Gabriel levantou os olhos e viu Kathrina na posição de lançante, só então ele viu a espada cravada nas costas do homem e o soltou no chão.

Gabriel olhou para ela com a cara de surpresa, seu olhar ia de surpreso a interrogador. Kathrina deu um passo na direção dele e fitou demoradamente o corpo no chão, arrancou a espada do corpo dele, limpou, embainhou em silêncio ante o olhar desaprovador de Gabriel. Depois perguntou:

- Queria que eu o deixasse te pegar Arcanjo?

Gabriel suspirou pegou sua espada que havia derrubado diante da surpresa e voltou para a entrada dos fundos da mansão Kathrina o seguiu. A luz negra do cômodo revelava a maravilhosa antessala que dava para o salão de dança com teto decorado com sancas de gesso e lindos lustres, o piso de mármore negro, um caminho de tapete vermelho onde no fim havia um belíssimo piano de cauda, mas Gabriel não estava nem ai para decoração nem arquitetura do local.

Eles precisavam atravessar toda extensão da casa porque a sala que procuravam ficava do outro lado na frente da casa. Onde havia uma passagem para o andar inferior. Era lá que Gabriel disse que os seres noturnos se escondiam do sol.

A casa tinha sido toda forrada de madeira o que dificultava a ele saber exatamente onde ficava a porta, a única entrada que viam era a porta por onde vieram, porque ainda estava aberta. Kathrina disse a ele:

- Procure do lado direito do corredor que procuro do esquerdo.

Os dois alisaram cada centímetro da parede até que Kathrina alertou:

- Arcanjo! Tem algo aqui como uma fechadura!

Era mesmo uma fechadura discreta, mas não havia maçaneta. Gabriel pôs a ponta da espada e puxou.... Estava destrancada...

Kathrina achou fácil demais. Como só existir cinco seguranças em uma casa tão grande enquanto os donos não estão??

Mas Gabriel afoito já estava dentro do recinto. Pegou no bolso do , sobretudo uma pequena lanterna e iluminou o caminho. Era uma saleta com um lance de escadas. Gabriel desceu rápido seguido por Kathrina e chegaram a um extenso corredor. A escuridão não era problema para nenhum dos dois. Desceram até a cripta e seguiram direto pela passagem tentando ser o mais discreto possível.

Não queriam ser surpreendidos. Quando estavam no final do caminho perceberam uma claridade... passaram a andar mais devagar, tanto que já ouviam vozes conversando, mas que eles não entendiam.

Kathrina disse a Gabriel que aquilo era um cântico e não uma conversa. Ficaram em silêncio e identificaram a voz lírica de Alicia entoando deveras um cântico.

Aproximaram-se da porta entreaberta e viam tudo que estava acontecendo lá dentro.

Kathrina não estava gostando do que via.

Após a entoação do cântico uma urna foi depositada na pira.

Uma luz vermelha foi acesa e descendo uma escada com o corpo coberto apenas por um véu a bela ruiva Alicia.

Kathrina estremeceu. Alicia ordenou que abrissem a urna. Assim que abriram um cheiro sufocante invadiu a sala. Alicia se aproximou da urna onde havia um corpo de homem seco, esturricado, como se tivessem desidratado antes de coloca-lo ali.

Alicia ordenou que trouxessem a vitima, e trouxeram uma bela moça de cachos dourados que foi colocada estrategicamente na cabeceira do moribundo. Alicia foi até suas caixas e pacotes abriu o primeiro deles e mais uma vez a sala foi invadida com um cheiro horrível Alicia trouxe um cálice destampou e derramou o conteúdo na urna. Ao sinal dela os asseclas foram repetindo aquele cansativo procedimento com os outros pacotes. Eram litros e mais litros de sangue com anticoagulante armazenado de qualquer maneira.

Aos poucos a urna transformou-se em uma "banheira" de sangue fedorento onde o corpo estava submerso. Alicia enfiou os dois braços na urna e puxou a cabeça do defunto para fora e começou a entoar um estranho cântico até finalmente ficar em silêncio. Pegou um pequeno punhal e foi em direção a moça. Gabriel e Kathrina observava tudo em silêncio e atenção. Os olhos de Alicia brilhavam de excitação antecipada aproximou-se da moça e ergueu o punhal, com a mão livre segurou na nuca da moça e levou a cabeça dela em direção a urna, a pobrezinha quase vomitou ao dar de cara com aquele corpo fétido ressecado e banhado de sangue podre. Com um movimento rápido Alicia agarrou o pulso da moça posicionou sobre a boca do defunto e abriu-o com o punhal fazendo um corte profundo ela gritou de dor e o sangue começou a verter no mesmo instante molhando o rosto do defunto. Os lábios...

De repete a temperatura na sala caiu vertiginosamente que até Kathrina tremia. Gabriel olhou para ela incisivo. Kathrina fez que não com a cabeça. Ele pensou ser uma câmara inferior, mas isso seria improvável. O ar começou a se deslocar por ali em um redemoinho contrariando as leis da natureza estando eles em um recinto fechado, no subsolo e longe de cavernas. Todos os archotes alimentados por gás foram apagados, mergulhando a sala na mais completa escuridão.

O silêncio era sepulcral! De repente o vento mudou assim como começou de gelado para quente. Daquele frio cortante para calor desértico. E as tochas foram acendendo uma a uma com um fogo místico azul.

Alicia olhou dentro da cripta e seus olhos arregalaram. As Harpias que olhavam pelas portas da sala estavam petrificadas pela cena. Alicia mantinha os olhos arregalados nem piscava.

"Ela havia passado e repassado todos os passos daquele ritual várias vezes. Mesmo assim ela estava aparentemente surpresa com o que estava acontecendo".

Gabriel pingava de suor suas bochechas estavam vermelhas ele olhou para Kathrina agora que as tochas voltaram e ela estava sorrindo imperceptivelmente . Com o olhar categoricamente apaixonado.

Ele começou a desembainhar a espada iria fazer um corte com a prata da espada em Kathrina para trazê-la de volta, achando que foi pega pelo hipnotismo de Alicia.

Kathrina estendeu a mão ordenando num gesto que Gabriel fizesse silêncio. Ele não obedeceu e Kathrina com um gesto o paralisou.

E falou no ouvido dele.

- Apenas observe! Eu estou bem.

As harpias estavam todas paralisadas seus pensamentos e ações estavam congelados. Assim como todos os que participaram desse ritual. Kathrina sabia o que viria em seguida.

Alicia pareceu viajar para um tempo e espaço longe dali. Se lembrou das caçadas que realizou, lembrou-se de cada uma das vitimas que “matou” e depois extraiu de forma rudimentar suas almas e armazenou em Harpias para que lhes servisse. De repente o cheiro forte de todo aquele sangue fez todas as harpias e os vampiros presente grunhirem mecanicamente. Alicia tinha alimentado a todos, mas mesmo assim não deixava de ser sangue que a gula vampírica desejava.

Gabriel conseguiu falar telepaticamente com Kathrina porque estava paralisado por ela.

- Temos que agir, eles vão atacar.

Kathrina o soltou da prisão telepática e antes que fizessem alguma coisas o sangue que estava dentro da cripta começou a borbulhar como se estivesse sendo fervido por alguma chama invisível. Alicia gritou;

- Consegui! Eu estava com medo de que o sangue velho e mal armazenado não surtisse o mesmo efeito. Eu não tinha como trazer tantas pessoas até aqui sem causar desconfiança estamos na cidade. E eu precisava reviver o corpo dele antes que passasse o tempo e esse ritual não desse certo. Mas agora meus queridos eu provo a vocês que eu consegui e posso fazer com qualquer um. Eu estou de volta e meu consorte esta desperto.

Ao dizer isso Alicia debruçou mais sobre a cripta e se assustou quando o defunto levantou segurando na beira da “banheira” e se ergueu alavancando o resto do corpo. Jogando sangue para todo lado. O corpo se levantou! Ainda tinha os tendões e músculos expostos, os olhos sem pálpebras estavam injetados de vermelho, o rosto sem pele desfigurado, mesmo assim era possível encontrar escarnio e muito ódio assustando os participantes. Alicia falou tentando acalmá-los.

- Fiquem calmos ele ainda está muito fraco para tentar qualquer coisa.

Ele olhou ao redor até encontrar a moça que deu o sangue para a sua ressurreição. Quando a encontrou olhou-a agradecido. Ela ajudou-o a sair totalmente da "banheira" e se manter de pé solícita; (e claro que estava hipnotizada por Alicia ou morreria de medo diante de tantos seres sobrenaturais) A moça disse ao moribundo:

- Bem vindo Milorde!

Ele balbuciou: diante da surpresa

= K aa..t ia..

Para surpresa de todos.

-Como assim ele saberia o nome da mulher que o ajudou?.

A moça apenas sorriu. E perguntou:

- Quais são os seus desejos meu senhor?

O homem olhou em volta e disse;

= Sangue! Preciso de sangue!

Gabriel disse:

- Vou mata-lo agora ou será tarde.

Kathrina fez

- Psiiiiuuuu olhe!

O Moribundo levantou a cabeça, suas narinas eram apenas furos no rosto, mas ele conseguia captar os cheiros do ambiente, fechou os olhos e sentiu cada fragrância, quando abriu os olhos foi na direção de Gabriel e Kathrina quando estava bem próximo, Falou com Kathrina por telepatia:

= Obrigado por estar aqui vou precisar de energia, me ajuda por favor:

- Estou pronta

Respondeu Kathrina diante da surpresa de Gabriel que não entendeu nada.

- Como assim? ela vai ajudar o moribundo e esquecer o que viemos fazer aqui?

O moribundo olhou para Alicia que o esperava segurando a moça pelo pulso para oferecer a seu consorte queria vê-lo drená-la totalmente e se abastecer de sangue.

. Ele entendendo o que ela esperava deu um leve sorriso.

Virou na direção de Kathrina ergueu os dois braços e incendiou!

Diante dos olhos estupefatos de Alicia e todos os vampiros que se afastaram com medo do fogo. Alicia se protegeu atrás de suas Harpias que gritavam de medo presas ali naquele recinto.

Alicia disse pesarosa.

- Tanto trabalho a toa ele vai se desintegrar diante de mim.

Mas o moribundo não desintegrou ele crescia, crescia, os vampiros estavam em polvorosa, porque vampiros queimam.

Depois de ficar gigante ele foi apagando e transformou-se em agua, um grande ser de água. Os vampiros e harpias acharam estar em um pesadelo coletivo.

-Como esse vampiro recém-criado consegue fazer algo como esse feito?? Coisa que nenhum deles são capazes.

A água se evaporou dando lugar a um ciclone que passava por todos os vampiros jogando uns contra os outros. Depois se tornou um ser de energia e voltou ao tamanho normal.

Com alguns movimentos das mãos ele vestiu-se e deu atenção a um odor muito mais gostoso que havia sentido momentos antes. Foi lá fora pegou Kathrina pela mão e trouxe para dentro do recinto junto com Gabriel. Alicia tentou se rebelar, mas Elf ordenou;

= Cale-se! Eu sou o senhor de todos vocês! Quem ousa rebelar-se diante de mim?

Não houve respostas: Alicia pediu ajuda das harpias dizendo que Kathrina quebrou o trato e ainda levou até eles um exterminador. Então que eles começassem a guerra antes que fosse tarde!

Os vampiros do “Tird type” disseram:

- Ela não se manifestou até que o seu Alfa a trouxe até nós. Isso prova que ela é inocente.

Elf deixou Kathrina com Gabriel e sorriu enquanto se encaminhava para alicia e quando ela estava ao alcance de suas mãos ele segurou-a pelos cabelos, puxou-a para si e a beijou. Assustando a Gabriel e a Kathrina. Que abaixou a cabeça. Quando acabou o beijo todos estavam em silêncio sem entender e Alicia estava completamente paralisada.

Elf pegou-a nos braços passou entre todos que estavam na sala sem saber o que fazer com aquela cena. Chegando junto a urna Elf mergulhou Alicia no sangue envelhecido.

Todos viram as bolhas subirem. Alicia estava ouvindo e sentindo tudo dentro da "banheira de sangue" mas não podia se mover. Elf disse;

= Todos vocês estão livres da “Rainha” Alicia se quiserem!

Eles se voltaram para Elf e fizeram reverencias. Ele falou.

= Hey! Voces estão equivocados! Eu não os tirei de uma prisão para colocá-los em outra! Eu não quero voces como servos. Quero que cada um siga sua vida como bem entender, mas sempre e respeitando as regras Que é o que mantem a todos “vivos” Porém se quiserem continuar a mercê desta tirana estejam a vontade, daqui a doze horas ela vai poder se mexer.

Tudo aquilo se passava tão rapidamente, entretanto, para o quarteto que sempre acompanhou Alicia parecia em câmara lenta, mas mesmo assim, ninguém conseguia acabar com aquele estupor. A única conclusão que conseguiam chegar era que aquilo era tudo surreal demais. Então ficaram quietos.

Katia começou a sair do transe Alicia estava mais preocupada em não engolir aquele sangue podre. Elf pediu a Kathrina que a hipnotizasse novamente até que ele a deixasse em casa.

Gabriel perguntou:

- Rapaz se voce é tão poderoso como chegou aqui naquele estado de defunto ressecado?

= Bem Gabriel! Eu fui transformado por Alicia e sendo assim ela tem plenos poderes sobre mim, principalmente hipnóticos.

Eu tinha sido alimentado por um humano pela primeira vez, dormi, quando acordei na noite seguinte tomei um banho e fui a janela do apartamento.

- Qual apartamento

= Melhor ficar entre nós... Continuando; estava distraído o que é um erro a qualquer vampiro.

De repente senti uma força que me puxava para fora da janela como se eu quisesse me suicidar. Mas eu estava bem e não iria fazer isso... Durante a queda da sacada me transformei no corvo pela segunda vez em desespero. E como eu disse: em desespero!

Eu estava sem controle e só vi quando cinco Harpias me cercaram.

E eu voltei a forma humana nos braços delas. Acontece que possuo uma grande força sobre Alicia que não sabemos ainda por que,

mesmo hipnotizado eu resisto a certos comandos.

E foi assim, estava hipnotizado não podia sair das correntes, mas eu ouvi o plano delas em me dessecar para me “reviver” aqui como seu Macho Alfa e esquecido de tudo a não ser dela: Alicia.

Eu resolvi deixar que fizessem, assim quando ela estivesse “revivendo” meu corpo eu estaria livre do hipnotismo e poderia agir. porque eu sabia que Alicia queria que eu estivesse com ela por vontade e não por estar hipnotizado. Eu arrisquei.

Pensei que se eu mostrasse parar todos da minha espécie que não somos obrigados a servir, eles poderiam ser livres. Assim como os seres humanos que algum dia alguns de nós fomos, só precisavam seguir a regra do bem viver, e não seguir seita alguma. Não somos seres amaldiçoados, temos uma anomalia e podemos viver bem com elas se seguirmos as leis e não a outro Vampiro ou qualquer outro ser.

Todos os presentes ouviram Elf atentos e em silêncio. Os “pensantes” do “Tird type” foram a favor do pensamento de Elf eles nunca gostaram de ser chamados de membros. Gabriel perguntou;

- E esses poderes?

Elf respondeu orgulhoso:

= Eu sou um “Elementar”

- Mas voce não foi transformado?

= Sim eu fui! Mas tive um ótimo professor “elementar”.

- Está bem! Vejo que voce é bem diferente de toda a espécie que conheço. Como um exterminador eu deveria acabar com voce por ser possuidor de tanto poder. Mas te darei um voto de confiança. Mais uma pergunta: Essa moça Katia. onde ela entra na estória? é uma transformada por voces.

= Não Gabriel! Ela é humana! Usei as energias vitais dela na noite anterior a que Alicia me raptou. Alicia deve ter sentido Katia em minhas entranhas por ter sido muito forte o que aconteceu.

Foi a minha primeira vez!

Eu a deixei em uma hibernação de dois dias para se recuperar totalmente e Alicia a pegou. de resto não sei o que se passou, mas ela não foi mordida Alicia precisava de uma pessoa imaculada de sangue puro para seu Alfa!

- Como aconteceu isso de voce estar com ela e não mordê-la?

= Eu a mordi Gabriel! Várias vezes! Só não a transformei.

- Um transformado conseguindo tudo isso?

Kathrina fala com Gabriel.

- Obrigada Gabriel por ter me ajudado a encontra-lo, mas eu confio em Elf Dark Moon.

- Então não tenho mais nenhuma pergunta. Só um aviso: se eu sentir algum perigo em voce venho exterminá-lo Elf Dark Moon.

Dizendo isso Gabriel abriu suas asas e girou formando um portal que o levou dali.

Kathrina e Elf deram uma última olhada para os vampiros que confabulavam e saíram levando Katia.

Deixaram-na mais uma vez no Hotel. Kathrina paga e deixa recomendações na mente do recepcionista, Elf colocou Katia na cama com carinho, cobriu, lhe deu um beijo de agradecimento no rosto, curou seu pulso e a deixou dormir. Ao encontrar Kathrina na portaria do hotel ela perguntou:

- Porque voce a beijou Elf? Sentiu saudades?

Elf a olhou surpreso, sorriu e respondeu com outra pergunta:

= Quem? A Katia?

- Eu nem vi voce beijar a Katia! Falo de Alícia!

= Não! Apenas queria deixa-la paralisada. Descobri quando estive com Katia que posso fazer isso. E também queria deixar meu gosto para ela saber o que perdeu.

Disse Elf olhando-a de soslaio, Kathrina abaixou a cabeça Elf a pegou nos braços e girou-a sorrindo.

Kathrina não sorriu, ainda não aprendeu, mas sentiu um vulcão por dentro... E quando Elf a colocou no chão ela perguntou a ele disfarçando o que sentiu arrumando as luvas;

- Voce só se transforma em corvo quando está com medo? Apavorado?

= Não sei!

Diz Elf pensativo e desaparece de perto dela.

- Elf aonde voce vai???

Kathrina perguntou ao vê-lo sumir.

Silêncio absoluto! Só quebrado por ronco de motor quando passava um carro na estrada. Kathrina caminha pela estrada sozinha esperando por Elf. Ela poderia voar ou Transporta-se, mas prefere espera-lo. Alguns minutos depois um corvo pousa em seu ombro. Kathrina estremece ao sentir os pés dele pousarem delicados em seus ombros nus. o corvo fala com ela por telepatia:

= Eu adorei sua roupa. Deve usá-la mais vezes...

E os dois voltam para casa assim. Uma moça vestida de negro pela estrada deserta com um corvo no ombro.

Um tanto grande por sinal....

FIM


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