As Organizações e Seitas
- Katia Krtistina
- 23 de mar. de 2020
- 7 min de leitura
Depois de ter usado as energias vitais de Caim Kathrina estava plena para seu intento. Despertou na noite seguinte certa do que faria.
Procurou a igreja que fica mais próximo a mansão das montanhas chegado lá foi ter com o pároco. Ele é um senhor de quase oitenta anos que conhece muito sobre as histórias da cidade e disse a Kathrina tudo que sabia. E indicou a ela a biblioteca dos Rosembawer’s. ela passou toda a noite na biblioteca descobrindo tudo que podia sobre as Harpias e o pacto de paz. Entre elas e os vampiros.
Kathrina descobriu que Alicia utiliza a condição do vampiro imortal e amaldiçoado para explorar a moralidade e a depravação, dos humanos. Ela propaga a versão sombria do mundo real que os vampiros habitam, tornando tudo de forma fria procurando transmitir à retenção do senso de indivíduo do vampiro, assim como a antiga humanidade, e a sanidade, para simplesmente evitar ser aniquilada pela oposição dos mortais e dos sobrenaturais. Alicia tenta fazer dos vampiros uns demônios para que ela sobreviva sempre as políticas, as traições e por vezes as ambições violentas de sua própria espécie. Por isso ela faz do vampiro recém-criado, um ser desesperado tentando sobreviver aos seus primeiros anos como um morto-vivo. Criando nele o terror psicológico. Sentindo-se uma espécie amaldiçoada, o recém—criado vai aos poucos se tornando um monstro, perdendo as características que o tornavam humano assim como: - ver-se obrigado a se alimentar de sangue humano (e, por vezes, matar) até mesmo seus amigos e seus antigos companheiros mortais. Sem batalhas nem guerras, mas com o desejo alucinado de manter a sua "humanidade".
O que com certeza já não será mais possível. Depois de envenenado com o vampirismo não tem como voltar atrás. Alicia por ser uma Rainha sente-se a progenitora de todos os mortos-vivos. O que faz com que ela tenha o desejo de ver todos os Dampiros e outras espécies que se opõe a ela e seus desígnios, exterminados.
Alicia encontrou no humano forte que era Elf The Vampire o “Macho Alfa” que ela precisava para ajuda-la no seu intento e o transformou.
Há séculos atrás, Para não deixar sua amada na solidão o Vampiro que transformou a Rainha das Harpias criou outros quatro vampiros para serem uma espécie de companhia-guardiã que ele chamou de "first type". Esses quatro, por sua vez, originaram outros 15 vampiros, a "second type", que foram os fundadores do clã das Harpias Vampiras.. A organização Vampírica a que pertence Alicia e suas Harpias para fundamentar as loucuras de sua Rainha espalha entre humanos e vampiros que os vampiros modernos "vivem" em meio a uma complexa sociedade de mortos-vivos. A organização refere-se a si mesmo pelo eufemismo "Membros" Eles se organizam em seitas, essas seitas fazem o papel de nações, que divididos em clãs funcionam como grupos familiares. Eles tentam manter as características passadas através do sangue passado de vampiro para vampiro.
Dessas seitas e clãs, Houve pequenos desmembramentos dos vampiros consanguíneos, com maior entrosamento familiar entre si que com o resto da espécie e que não aceitam as regras da “Rainha” Eles formaram um terceiro nível de organização que são as linhagens dos que “deram origem”. Essa linhagem reúne os, grupos de mortos-vivos ligados por uma ideologia comum. Altamente hierarquizada, quase a um nível feudal com a ordem rígida e a convivência pacífica com os humanos mortais, e vampiros. Esta é a única forma de proteger os “Membros” dos exterminadores de Vampiros como os que exterminaram boa parte da população vampírica europeia no século passado. O Clã das Harpias é tido como sanguinário e desumano.
Eles acham que os humanos não devem ser temidos ou respeitados, devem ser simplesmente devorados como os seres inferiores que são.
O Clã da “first type! não respeita a Lei dos vampiros embora não diga aos quatro ventos sua verdadeira natureza. O “second type” são fanáticos! O clã fundou uma verdadeira religião em torno do mítico Pai dos Vampiros “Aragon” o vampiro que transformou a Rainha.
A “third type” exerce poder político no mundo noturno dos vampiros, acreditam na igualdade de direitos e deveres para todos os Membros, acreditando que os vampiros devem levar suas "vidas" da forma que desejarem, contanto que não interfiram na liberdade alheia. Entretanto, mesmo que as crenças e os objetivos do “Third type” pareçam justos e razoáveis, são extremamente difíceis de serem aplicadas no mundo opressor e miserável da “Frist type”. Esse clã vê os Membros do “tird type” como idealistas ingênuos. Por essa razão, a aderência de outros vampiros é pensada. O contingente do “tird type” é formado por vampiros originados de todos os outros clãs mesmo os que nada têm a ver com a “Rainha”, Apesar de serem a menor em números o “tird type" conta os vampiros pensadores mais brilhantes de todos os tempos entre os seus. Esse pensadores enxergam a “Rainha” como um bando de tiranos opressores que são servidos por uma grande massa de escravos ignorantes, um grupo perigoso de fanáticos intolerantes.
Depois de saber tudo isso Kathrina transformou-se em um abutre para não chamar a atenção, ela iria sobrevoar a “clareira das Harpias” em busca de Elf Dark Moon e o pássaro dourado seria imediatamente conhecido pelos asseclas da “Rainha”.
Kathrina sobrevoou toda Clareira das Harpias e adjacências e nem sinal delas, estava tudo em um silêncio mórbido. Kathrina se preocupou:
- Como assim não estão na Clareira?? Onde elas estarão?
A noite não estava das melhores. Chovia e ventava fortemente dificultando o voo do abutre por entre a mata fechada, as penas encharcadas faziam-no quase cair por diversas vezes. Kathrina já havia rodado os arredores da Clareira por duas noites e nada.
A chuva deu lugar a uma garoa insistente.
(clima natural de São Paulo nessa época do ano) Kathrina Voltou a forma humana e se encaminhou para seu prédio as minúsculas roupas encharcadas a deixava mais irritada. Ela poderia secar-se com um gesto, mas como fazer isso sem chamar a atenção? Uma mulher andando na chuva e completamente seca....
Kathrina ia saindo do elevador quando passou por Caim ela estava com a cara tão amarrada que nem respondeu quando esse a cumprimentou. Entrou no apartamento, foi tirando a roupa e jogando pelo chão onde passava e afundou-se na poltrona. Aquele sumiço de Elf estava mexendo com a cabeça dela.
O dia começou a amanhecer muito mais rápido do que Kathrina esperava, talvez por precisar tanto da noite. Mas ela resolveu que continuaria procurado durante o dia enquanto aguentasse.
Tomou uma ducha para harmonizar-se com o elemento água se vestiu e saiu, a manhã estava raiando. Kathrina saiu a pé pela cidade, ainda não sabia bem o que faria, estava deixando por conta de seus instintos, quando sentiu passar um carro, não deu muita atenção até ouvir o mecanismo de aceleração diminuir, ela virou-se rápido e olhou na direção do automóvel que tinha os vidros escuros, diminuiu a marcha e vinha acompanhando-a a seu lado. Kathrina abaixou-se um pouco para olhar pelo vidro traseiro que abria lentamente com mecanismo automático. O ocupante do banco de trás não conseguiu evitar um olhar no decote da bela mulher de seios fatos que pareciam querer pular a janela do automóvel. A voz forte e conhecida lhe disse;
- Olá Kathrina! Aonde vai a pé? Entra ai.
Ela afastou-se um pouco quando a porta traseira abriu para lhe dar passagem; Kathrina continuou andando ao lado do automóvel e falou:
- Gabriel eu não quero carona, preciso andar.
- Kathrina deixa de ser teimosa e entra.
Ela olhou desafiadora para o ocupante do banco traseiro por uns segundos, depois entrou, afinal seria um lugar para livrá-la um pouco dos raios do sol. O motorista colocou a mão sobre as costas do banco e perguntou:
- Para onde vamos?
Nesse momento um faixo de luz solar entrou no automóvel vindo pelo vidro do teto que tinha uma fresta aberta indo direto no colo desnudo de Kathrina que pôs a mão e deu um leve gemido. Gabriel levantou rápido e fechou com um puxão. O motorista olhou para as costas a mão de Kathrina que estava vermelha, quando ela abaixou a mão o colo também estava vermelho com queimadura o motorista resmungou.
- Valha-me Deus! Um deles.
O motorista sabia qual o motivo para a mão e o colo dela arde: o motivo era o sol.
Gabriel mandou que ele se calasse e fosse para o apartamento dele. Kathrina relutou, mas por fim aceitou precisava conversar com alguém que a conhecia e não a temia. Gabriel levou Kathrina até o quarto e mandou que ela ficasse a vontade que logo ele voltaria. Apagou a luz antes de sair e Kathrina recostou-se na cama.
Não demorou muito a ser vencida pelo sono diurno dos Vampiros.
Ela havia acabado de adormecer quando acordou assustada ouvindo pancadas na porta. Sentou na cama e ficou uma infinidade de segundos fitando a porta a sua frente como que saída de um transe.
"Os vampiros acordam por si só, nunca são despertados por ninguém".
Alguém bateu novamente na porta: a voz de Kathrina saiu rouca e embargada pela surpresa de ser despertada:
- Entra!
E não desviou o olhar da porta, para ser sincera nem piscou.
Viu Gabriel abrir a porta e fechá-la atrás dele. Na mente de Kathrina reverberaram milhares de perguntas tentado descobrir por si própria porque ele saiu e voltou. Indicou-lhe a cedeira ao lado esperou que ele sentasse para manifestar sua pergunta:
- Porque voltou senhor Arcanjo? Aconteceu algo?
Gabriel manteve s olhos firmes nos dela quando disse;
- Não voltei Kathrina Já anoiteceu!
Kathrina deu um pulo da cama e disse:
- Não!! Eu perdi tempo!
- Acalme-se! Enquanto voce dormia eu vasculhei sua mente e descobri o que voce está procurando.
- O que? Voce entrou na minha mente? Com que direito?
- Hierarquia! Sou um Arcanjo!
- Tá bom e aí?
Disse Kathrina aceitando o argumento de Gabriel. Ele contou a ela tudo que descobriu.

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