top of page
Buscar

Damphiro

  • Katia Kristina
  • 23 de mar. de 2020
  • 5 min de leitura

Ela se levantou não tinha dormido mesmo, mas queria que tudo aquilo tivesse sido um sonho, foi até o banheiro e jogou água no rosto para tentar acordar do que desejava que fosse um sonho... Mas ao olhar-se no espelho, ela viu que tudo era real. Sua tristeza se intensificou! O reflexo dela estava ali no espelho, mas era translúcido como se ela fosse um fantasma. ou se ela estivesse desvanecendo... Ela vai lhes contar sua história.

* = Meu nome é Kathrina: A dois dias atrás, completei 22 anos.

E para minha tristeza começaram as mudanças em minha feliz vida. Desde muito novinha eu tive dificuldades para dormir, pior ainda na hora de me alimentar, meus pais fizeram de tudo que puderam para me ajudar e diminuir esses transtornos, procuraram os melhores médicos para me curar, mas eles não conseguiram. Os poucos momentos que durmo são preenchidos com pesadelos terríveis. Meus pais me levaram-me para Suíça como última tentativa, já que estava ficando sem dinheiro de tanto que gastavam comigo. Na suíça eu fui diagnosticada como leucêmica de uma espécie rara. Meus pais quase enlouqueceram. Sendo eu filha única. Eles não poderiam ter mais filhos e mesmo que pudesse, foi um baque na estrutura dos dois. Os anos passaram e eu crescia abruptamente para uma menina de minha idade. E sempre com gostos diferentes de todas as meninas “normais”. Aos 16 anos, tive uma mudança muito acentuada na minha aparência. Meus cabelos que até então eram crespos, tornaram-se sedosos, minha tês tornou-se claríssima, as bochechas rosadas, da minha pele emanava um perfume natural que seduzia... Me deixando por muitas vezes encabulada. Meus olhos eram diferentes mudavam de cor quando estava eufórica ou muito excitada. Sentia-me bastante forte, muito mais que as outras moças, chegando a machucar alguém com fizesse uma brincadeira que usasse corpo a corpo. E também muito veloz por sinal. Porém, o que deixavam os médicos perturbados é que, minha pele era muito macia, e eu podia parar as batidas cardíacas à minha vontade ou acelerá-las ao máximo como se fosse ter um ataque cardiovascular. Eu achava engraçado, porque não me causava danos, mas os deixava feito loucos e sem diagnóstico. Os médicos sentiam-se incapazes de tomar uma decisão. Meus pais então, apelaram para a igreja. Foram a uma igrejinha perto de onde residíamos procurar o Padre para conversar sobre o que me acontecia, diziam que precisavam de um milagre ou até mesmo de um exorcismo se isso mantivesse sua filha viva. Ao contar a história ao velho Padre ele lembrou-se de um caso acontecido á precisos 16 anos atrás, essa história que o havia deixado muito assustado na época. O Padre contou a história aos meus pais dentro de um biombo e eu fiquei do lado de fora olhando as imagens, a solidão que existia naquela igreja vazia me fazia muito bem, me transmitia paz. Quando os meus pais saíram do biombo e se despediram do Padre estavam assustados! Os três me olharam de maneira estranha.... O que me fez pensar, ser mesmo um caso de exorcismo. Meus voltaram silenciosos e apreensivos para casa. Depois disso passaram a me vigiar, não me deixavam sair mais com amiguinhos. Estavam sempre atentos. Até que conheci Derek quando estávamos meus pais e eu andando de bicicleta na orla de Copacabana... Eu... eu me apaixonei assim que o vi, era o mais lindo ser que eu havia colocado meus olhos castanhos! E para minha felicidade ele também se apaixonou! Meus pais relutaram em deixar, mas com tanta insistência de Derek e dos pais dele nos casamos muito rápido, tão louca foi a paixão mútua. Meus atributos genéticos afloraram muito mais fortes ao me tornar mulher. Ao fazer carícias em meu amado, eu o mordia... E gostava do sabor do sangue dele, me deliciava, disfarçava para que ele não notasse, mas, sempre dava um jeito de arranha-lo para sangrar. Fazia-o discretamente para que ele não percebesse. O sabor era extasiante! Pequenas mordidas arrastando meus dentes (que tinha presas salientes). Minha libido ficou aflorada! E era notável no cheiro, no toque, num olhar toda luxúria possível. Nós vivemos alguns anos assim. Ele me satisfazendo plenamente e eu me deliciando do sangue doce do meu amado Derek, da pele dele que eu arrancava com minhas unhas. Até que certo dia, meus instintos libidinoso afloraram mais que todos os outros dias, e o mordi mesmo! Dessa vez com tanta força que o sangue esguichou. Ele ficou lívido de susto. Além da dentada animalesca eu estava como os olhos brancos e reluzentes. A boca aberta como uma fera, donde ainda escorria pelo canto dos lábios o sangue dele. Sem saber o que fazer no momento Derek me desfechou-me uma tapa forte me nocauteando e chamou meus pais. Morávamos na mesma casa por exigências de meus pais. Depois de ver isso meus pais contaram a Derek que eu era um ser hibrido gerada entre uma fêmea humana e um vampiro. Que eu era um Dhaipiris e que havia matado minha mãe ao nascer estraçalhando as costelas dela com a minha força. Eles adotaram-me ainda na maternidade sem saber de meus poderes híbridos, só sabiam que minha mãe havia morrido ao dar a luz e que e me deram para adoção porque minha mãe era "mãe solteira". Eles estavam no lugar certo na hora certa. Estavam tentando pela terceira vez um tratamento para engravidar quando o medico de plantão deu a eles a ideia de adoção, dizendo que tinha um bebê menina e que eles teriam que entregar ao orfanato. Meus pais se apaixonaram por aquela menina que chorava forte e que os olhos mudavam de cor. Explicaram tudo isso a meu marido que estava atônito, principalmente ao saber que eu posso viver de: 200 a 300 anos e reunir as habilidades mística que meu pai possui. Que mesmo possuindo prazer por sangue, posso aprender a controlar meu veneno, não causando morte nem a transformação de quem for mordido. Sendo meu pai um vampiro natural, meus dons são muito mais avançados que os vampiros transformados. Possuo habilidade morfológica total e poder hipnótico. Depois de toda essa história meu Derek me acordou com alguns sais, me abraçou forte e me contou tudo que ouvira de meus pais. Fiquei muito assustada... Eu o amava e não queria perde-lo. Derek me acalmou quanto a isso, dizendo que me amava muito e que nunca me deixaria até seus últimos dias. E vivemos o mais louco e insano amor. Meu Amado me aceitava como era e eu dilacerava a carne dele com o seu consentimento, sorvia pequenas doses de seu sangue doce... Amávamos-nos como animais, de longe se ouviam os urros que dava meu amado e meus gritos de prazer. Que maravilhoso foi aquele louco alucinado amor. Só que ele não viveu tanto quanto me prometeu! Seu coração não suportou! Talvez aquelas loucas e desatinadas investidas de um ser diferente, o tenha sucumbido. Partiu e me deixou prostrada na mais infeliz faze de minha existência hibrida. Sinto saudades e louca vontade de sentir carne entre meus dentes, entre minhas unhas, mas só quero o meu amor. Ninguém mais me apetece. Estou aqui olhando sua foto e sentindo sua falta. Nada, nem ninguém me interessam, ainda tenho mais 300 anos para viver sem ele. As noites são longas, os pesadelos são tenebrosos como a minha existência. Sou a mais infeliz das criaturas, mesmo com tanto poder nas mãos. De que me adiantam sem o meu amor... De minha janela olho a cidade. Como um quadro em preto e branco... Por que ele não volta como um anjo negro de asas transparentes e me arrebata dessa solidão? Acelero os batimentos cardíacos no intuito de que ele ouça de onde estiver. Jogo-me da janela, mas, meus instintos de mutação me surpreendem... Transformando-me em um pássaro de fogo, e assim, sobrevoo a cidade que dorme....

hiiiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh....

.......

Kathrina


© 2016: Vapiros. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Pinterest Social Icon
  • Twitter App Icon
  • Google+ App Icon
bottom of page